Deu em O Globo
A multiplicação de bens dos deputados
Dulio Victor e Fábio Brisolla
Riqueza viria da iniciativa privada
Alessandra Duarte, Carolina Benevides e Marcelo Remígio
Candidatos à reeleição, parlamentares apresentam ao TSE declarações que mostram crescimento de até 1.712%
O cadastro com informações repassadas ao TSE pelos candidatos às eleições proporcionais no Rio de Janeiro revela o talento de um grupo de políticos à frente da administração de seus bens pessoais.
Em algumas declarações, os valores quadruplicaram, como no caso do deputado federal Rodrigo Bethlem (PMDB), que conseguiu aumentar seu patrimônio de R$ 230 mil para R$ 1,2 milhão no período de quatro anos.
Outro exemplo é o deputado federal Alexandre Cardoso (PSB), que subiu de R$ 656 mil para R$ 3,3 milhões.
O deputado é médico de formação e um dos principais nomes de seu partido no Rio. O crescimento patrimonial informado à Justiça Eleitoral foi de R$ 2,64 milhões em quatro anos.
Na lista de bens divulgada pelo TSE, o candidato, que concorre à reeleição, informou ter guardado R$ 1 milhão em espécie.
Além do dinheiro no colchão, um prédio em Duque de Caxias, avaliado em R$ 650 mil, e uma aplicação em renda fixa de R$ 962 mil não existiam na declaração de bens de 2006.
Herança, lucro com empresas e reavaliação de imóveis foram as principais justificativas apresentadas pelos candidatos que aceleraram o crescimento do patrimônio desde 2006.
O deputado estadual Domingos Brazão (PMDB) informou que é sócio-cotista em diversas empresas privadas, como postos de gasolina.
— Gero emprego e renda para quase 800 famílias e pago meus impostos rigorosamente em dia — disse Brazão, que franquia ao público o acesso à sua declaração de Imposto de Renda.
(…) O candidato Rodrigo Bethlem justificou que sua prosperidade vem de uma academia de ginástica no Recreio, que abriu em 2004, e do patrimônio da esposa, com quem se casou no intervalo das duas eleições:
— Tenho a academia, um negócio que demora a maturar. Agora, o Recreio é um bairro em franca expansão. Vivo dos rendimentos da academia desde 2005, e não da política.
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